[Extractos]

Os responsáveis pela situação em que o País se encontra, passeiam a sua irresponsabilidade, arvorados em arautos de novos ciclos de propostas e imposições de desastre. São comentadores e analistas, são responsáveis do PS, do PSD e do CDS-PP. São o Governo PS, o actual Presidente da República Cavaco Silva, o candidato Manuel Alegre, todos eles comprometidos com este rumo de afundamento do País.

Eles não são solução, são a causa dos problemas e o risco do seu agravamento.

Aparecem a justificar as opções do orçamento apresentado pelo Governo, que constitui um pacote brutal de injustiça social e afundamento do País.

Não podemos aceitar, o Presidente da República não pode aceitar, a nossa candidatura não aceita.

Este é o maior ataque às condições de vida dos trabalhadores e do povo que foi desencadeado desde o fascismo. Este é um orçamento ao serviço dos banqueiros e dos especuladores e contra o País.

Portugal não precisa de um qualquer orçamento, precisa dum orçamento que responda às necessidades económicas e sociais com que se confronta.

Qual é o papel do Presidente da República. O Presidente da República deve defender os interesses nacionais, os interesses do povo português e isso exige que use os seus poderes não para proporcionar a aprovação dum orçamento de brutal injustiça social e afundamento do País, mas para influenciar a mudança de rumo e o orçamento de justiça social e desenvolvimento que Portugal precisa.

Esse é o entendimento da nossa candidatura, mas não é o de outros.

O actual Presidente da República é o padrinho do entendimento entre PS e PSD para a brutal injustiça que está em curso. O candidato Manuel Alegre associa-se a Cavaco Silva nesse patrocínio. Vimo-lo ontem, como é habitual, com as suas palavras inflamadas dizendo-se chocado com os banqueiros a servirem de mediadores, mas não o vimos chocado com o orçamento do Governo ao serviço dos banqueiros. Sobre isso nem uma palavra.

A nossa candidatura é clara quanto ao rumo do País e quanto ao orçamento.

Portugal precisa de outro rumo, Portugal precisa de outro orçamento. Um rumo e um orçamento que ponha Portugal a produzir, a criar emprego com direitos, a distribuir a riqueza com justiça.

Portugal precisa de ruptura e mudança, dum projecto patriótico e de esquerda, vinculado aos valores de Abril, de desenvolvimento, democracia e soberania nacional.
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