Por um rumo patriótico de esquerda

A candidatura dos trabalhadores

Primeiro na Centralcer, exemplo da capacidade produtiva nacional, e depois nas instalações Olivais 2, em Lisboa, onde se concentram e reparam os veículos de limpeza urbana, recentemente ameaçada de desmantelamento, Francisco Lopes foi, esta manhã, calorosamente recebido pelos trabalhadores e seus representantes numa cada vez mais bem sucedida campanha que comprova ser esta a candidatura dos trabalhadores.

Na central de cervejas, depois de uma visita por toda a cadeia de produção e de uma simpática recepção dos membros da Comissão de Trabalhadores (CT), Francisco Lopes salientou a importância da Centralcer, também do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores. A visita serviu para salientar «a necessidade de se desenvolver a agricultura nacional, de forma a garantir a integral cobertura das necessidades das cervejeiras, em matéria de cevada». Durante a visita, foi explicado que 70 por cento daquele cereal é ainda importado, situação que devia ser reparada com uma aposta na produção nacional que garanta a totalidade da produção, considerou o candidato.
«É também muito importante que os resultados da actividade produtiva se reflictam na melhoria das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores», afirmou. Numa empresa onde quase metade dos 1200 trabalhadores estão contratados a termo, o candidato enalteceu a luta desenvolvida pelas organizações representativas dos trabalhadores contra a precariedade, e os esforços que têm tido resultados, pela passagem à efectividade de muitos. No entanto, estas entradas no quadro não compensam os que se têm reformado, explicou o coordenador da CT, Mário Cantiga.
Conscientes da necessidade de prosseguir a luta contra o agravamento do custo de vida, os trabalhadores da Centralcer aderiram à greve geral quase totalmente e, nesta visita, muitas foram as palavras de apoio ao candidato dos trabalhadores.
Nos Olivais, acompanhado pelo mandatário distrital da candidatura, Libério Domingues, e pelo vereador da CML, Ruben de Carvalho, o candidato percorreu as garagens de reparação dos camiões de recolha de lixo, onde mais de 50 trabalhadores prescindiram do tempo de almoço para ouvirem a intervenção do candidato presidencial comunista. Como recentemente este departamento municipal esteve ameaçado de desmantelamento e privatização, a intervenção serviu para lembrar aos operários a probabilidade de a ameaça se repetir, e que o voto nesta candidatura é a melhor forma de o contrariar, nos próximos tempos. «Está na mão dos trabalhadores a mudança, através do voto», considerou lembrando que até 23 de Janeiro «nada está decidido e só há uma força capaz de mudar o País - são os trabalhadores e o povo português».

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