Francisco Lopes marca diferenças com Manuel Alegre

Com a realização do debate entre Francisco Lopes e Manuel Alegre, deu-se um importante passo, na clarificação das diferenças entre candidaturas. De um lado a inquestionável exigência de uma ruptura e de uma mudança na vida nacional que ponha fim a mais de três décadas de uma política feita ao serviço dos grupos económicos e financeiros, e que abra caminho a uma política patriótica e de esquerda, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do país.
Do outro, as conhecidas dificuldades que decorrem de um discurso que, criticando em alguns aspectos a política do actual governo, não se consegue distanciar de um percurso marcado pelo compromisso com opções políticas que estão na origem dos graves problemas do país.
De um lado o claro distanciamento crítico em relação ao processo de integração na União Europeia e da moeda única, responsáveis pela liquidação do nosso aparelho produtivo, pelo saque diário de importantes recursos nacionais, pela perda de soberania e definhamento económico do país. Do outro, a aceitação passiva do actual processo de integração, a submissão às “inevitabilidades” da integração europeia, a incapacidade de exigir e vislumbrar um Portugal livre e soberano, uma Europa de paz e cooperação entre Estados iguais.
De um lado, a candidatura dos trabalhadores, a candidatura do protesto, da indignação e da luta de todos quantos recusam a política de direita. Do outro, o candidato do PS apoiado pelo BE, a indisfarçável marca de quem carrega o apoio deste governo que tanto mal tem feito ao nosso país.

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