Francisco Lopes no distrito de Setúbal

Valorizar o trabalho e os trabalhadores

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Intervenção de Francisco Lopes em almoço com trabalhadores da autarquia de Palmela, Setúbal

No segundo dia de campanha, depois de um grandioso comício no Porto, onde estiveram mais de cinco mil pessoas, Francisco Lopes regressou ao distrito de Setúbal, centrando a sua intervenção nas questões laborais, com uma visita ao Arsenal do Alfeite e encontros com trabalhadores da Câmara de Palmela e da Autoeuropa. O dia prossegue com uma arruada pelas ruas de Setúbal e um jantar comício no Seixal.

A candidatura que se distingue de todas as outras, vinculada aos interesses dos trabalhadores e do povo e que dá expressão à sua luta e aspirações, começou o dia com uma visita ao Arsenal do Alfeite, estabelecimento fabril de projecto, construção e reparação naval da Marinha Portuguesa, localizada na Margem Sul do Tejo, junto à cidade de Almada. Ali, Francisco Lopes conheceu as instalações, falou com a administração e ouviu os trabalhadores que o alertaram para as consequências da alteração da empresa para S.A. Nesse sentido, o candidato defendeu «o controlo da zona económica exclusiva» por parte da Marinha, com o objectivo de desenvolver a indústria naval, «valorizando os trabalhadores do Arsenal do Alfeite» com uma outra política e não «de cortes, numa área sensível com experiência de décadas».

Em Palmela, na Sociedade Filarmónica Palmelense «LOUREIROS», o candidato apoiado pelo PCP foi recebido por mais de duas centenas de trabalhadores da Câmara Municipal. «Eu voto Francisco Lopes», lia-se num autocolante que traziam, com orgulho, ao peito. Uma certeza de que esta é a candidatura, sem dúvidas algumas, que dá voz à exigência de uma ruptura com a política de direita e que apresenta aos portugueses e ao País um projecto capaz de assegurar um Portugal desenvolvido, de progresso e soberano.

Na sala estiveram ainda Cristina Félix, Isabel Moreira, Inês Rodrigues, Ana Teresa Vicente, Virgolino Rodriguo e Jorge Patrício, da Comissão Concelhia de Apoio à candidatura de Francisco Lopes, José Capucho e Margarida Botelho, da Comissão Regional, Victor Borrego e Joaquim Judas, mandatários concelhio e distrital, respectivamente.

Ana Teresa Vicente começou a sua intervenção com uma saudação, em nome da população e dos trabalhadores, a Francisco Lopes, «a candidatura que significa um projecto completamente diferente nesta batalha, nesta luta, que são as Eleições Presidenciais». «Francisco Lopes apresenta um projecto diferente dos outros, com preocupação pelos portugueses, pelos trabalhadores, pelos funcionários públicos. Estamos hoje aqui para lhe dizer que contamos com ele, com a sua intervenção, com o seu alerta, com o seu combate, para vermos reduzidas as injustiças que têm vindo a caracterizar a política cada vez mais de direita do actual Governo», disse a também presidente da Câmara de Palmela.

Grande demonstração de apoio

Muito aplaudido por todos os que ali se encontravam, Francisco Lopes começou por lembrar a iniciativa que havia acontecido ontem e que «encheu» e fez «transbordar» o Palácio de Cristal, no Porto, «uma grande demonstração de apoio das gentes do Norte». A iniciativa de Palmela, acrescentou, é o «prosseguimento da candidatura que cresce e avança aos serviços dos trabalhadores, do povo e de Portugal».

Com o tempo contado, o candidato do PCP assumiu o compromisso da «valorização do trabalho e dos trabalhadores, com aqueles que criam riqueza no nosso País» e lembrou que o Orçamento do Estado para 2011, com o apoio de todos os outros candidatos, «é um mal maior para os trabalhadores e para o povo português».

«O que se está a verificar, desde o início deste ano, é o aumento generalizado dos preços, o corte do investimento público, o estrangulamento do poder local, o corte dos salários, para além do congelamento das pensões, dos trabalhadores da administração pública. Quando vocês receberem este mês, lá estará, na folha de vencimento, menos um por cento, que corresponde ao desconto agressivo para a Caixa Geral de Aposentações. Alguns terão cortes mais significativos e também lá estará o resultado da alteração da retenção da fonte para os escalões do IRS», criticou.

Francisco Lopes destacou, por outro lado, o poder local democrático, «uma conquista de Abril, um projecto de desenvolvimento na melhoria das condições de vida das pessoas». «O rumo dos últimos anos é de estrangulamento do poder local, penalizando todos os trabalhadores das autarquias», condenou, salientando que a sua candidatura «faz um estímulo ao poder local como condição de progresso e de desenvolvimento».
Melhores salários
Mais tarde, à porta da Autoeuropa, enquanto cerca de 2500 trabalhadores saiam e outros 1500 entravam, Francisco Lopes voltou a afirmar a valorização dos trabalhadores, do seu salário, dos seus direitos e o combate à precariedade.

Salientou ainda a necessidade de passar para «patamares mais elevados de produção» e deu a «receita» para que aquela empresa o possa fazer, com um grau muito superior de incorporação nacional nos carros que aqui são montados» e «a máxima valorização do trabalho e dos trabalhadores», fazendo com que «os contratos temporários passem a efectivos», o que trará a «melhoria das condições de vida dos trabalhadores, porque quanto maiores forem os salários mais riqueza fica no nosso País, com a riqueza que aqui é produzida».

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