Mensagem de Francisco Lopes, Candidato à Presidencia da República 2011

A ruptura e a mudança estão nas mãos dos trabalhadores e do povo

Está aberto o sítio da minha candidatura na Internet. Propiciando um espaço de informação; alargando a possibilidade de conhecimento mais profundo dos objectivos de uma candidatura distinta, com uma concepção e um projecto próprio indispensável ao País; divulgando posições sobre as situações e os problemas candentes da realidade nacional; estimulando o contacto e o diálogo: este meio, com as potencialidades que caracterizam as comunicações electrónicas, marca um passo mais na dinâmica da candidatura e do movimento crescente de apoio que suscita.

Espero, tenho a certeza que será devidamente aproveitado.

Como primeiro testemunho directo neste espaço coloco-vos uma reflexão sobre a situação actual.

As razões, objectivos e projectos expostos na minha declaração de candidatura, ganham ainda mais actualidade à luz de desenvolvimentos recentes, neste momento particularmente grave e inquietante na vida nacional.

Grave pelo novo ataque que, a pretexto da crise, penaliza os trabalhadores e o povo, avolumando injustiças e desigualdades. Inquietante porque estas medidas, que só contribuirão para acentuar o rumo de declínio económico e de retrocesso social, são simultaneamente uma clara abdicação do interesse e soberania nacionais.

Mais do que austeridade, o conjunto de medidas recentemente anunciado constitui um pacote de injustiça social e afundamento do País.

Este é um momento em que com toda a clareza se definem e afirmam perspectivas de sentido oposto sobre o exercício dos poderes e funções presidenciais, das opções que devem ser tomadas, do sentido e sinal que deve ser dado a partir do mais alto cargo da vida política nacional.

A minha posição é absolutamente clara: o que se impõe e exige da intervenção do Presidente da República é, não o agitar de uma hipotética crise política para pressionar a aprovação de um Orçamento de Estado que consagre e aprofunde tudo o que de negativo e penalizante para o País tem sido imposto pela política de direita, mas sim o uso da sua influência para reclamar um mudança de rumo na vida política nacional, o abandono do caminho de declínio e de agravamento dos rendimentos e das condições de vida dos trabalhadores e do povo, a afirmação do lugar de Portugal na Europa e no mundo.

É este sentido de exigência de uma vida melhor e de um Portugal com futuro que se impõe.

Recuso o semear das inevitabilidades, do discurso do “tem de ser assim” para justificar sacrifícios e dificuldades para quase todos e privilégios e lucros imensos para alguns, da resignação perante o aumento da exploração e o alastrar da pobreza, e contraponho, com toda a convicção, a afirmação de que há soluções e há alternativa a este rumo de desastre nacional, de que está nas mãos dos trabalhadores e do povo construi-lo com a sua intervenção, a sua luta e a sua determinação.

Com a imensa confiança de quem se apresenta com um projecto que aponta como perspectiva uma política patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril e identificada com a profunda aspiração do povo português a uma vida melhor, afirmo: há energias, recursos e potencialidades para vencer as dificuldades do presente e afirmar um Portugal de progresso e justiça social, desenvolvido e soberano.

A sua concretização implica ruptura e mudança de política, na aplicação dos princípios consagrados na Constituição e passa pela participação, a luta e o voto dos trabalhadores, das jovens gerações, do povo português.

Esta é a opção dos dias que correm, esta é a alternativa que se impõem a Portugal.

Francisco LopesFrancisco Lopes

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