Intervenção de Francisco Lopes, Candidato à Presidencia da República 2011, Madeira, Jantar com apoiantes da Candidatura de Francisco Lopes à Presidencia da República 2011

Jantar com apoiantes na Madeira

Francisco Lopes, num jantar com apoiantes na Madeira, salientou que a esta candidatura se demarca da devastação económica e social e desigualdades sociais e do declínio nacional provocados por sucessivos governos da República, acentuados na Madeira pela Governação anti-democrática e injusta do PSD, com o apoio do actual Presidente da República.

Boa noite

Agradeço a todos esta magnifica recepção, agradeço a vossa participação e o vosso apoio à minha candidatura nesta campanha que agora se inicia.

As eleições presidenciais têm uma significativa importância que na actual situação nacional colocou o imperativo da apresentação da nossa candidatura.

Uma candidatura que se apresenta como a alternativa para exercer as funções de Presidente da República que dá oportunidade ao povo português da verdadeira escolha por um Portugal com futuro.

Uma candidatura que se demarca da devastação económica e social, das injustiças e desigualdades sociais e do declínio nacional das últimas décadas provocados por sucessivos governos da República, acentuados na Madeira pela Governação anti-democrática e de profunda injustiça social do PSD, com a convergência e apoio do actual Presidente da República.

Uma candidatura que afirma a necessidade e propõe um novo rumo para o País.

Uma candidatura que declara aos madeirenses como a todo o povo português que esse novo rumo de desenvolvimento, justiça e progresso social é possível.

Ao País está colocado não apenas a dimensão dos problemas actuais mas o risco do seu agravamento.

Tal como nas últimas décadas, mais uma vez está em curso uma intensa acção propagandística para justificar novos passos no rumo de sacrifícios e injustiças. As medidas que promovem não são para responder à situação mas para a agravar. Não potenciam a produção, a criação de riqueza, a valorização dos direitos. Decretam cortes e mais cortes, no investimento, nos salários, nos direitos, nos serviços públicos, nos apoios sociais.

Nas últimas semanas, centenas de milhar de portugueses estão a ver os seus apoios sociais eliminados, os seus rendimentos diminuídos, empurrados para a pobreza, criando dificuldades, inquietações e angústias. Agora são os cortes no apoio aos medicamentos dos reformados e pensionistas com menos rendimentos, dificultando e impedindo o seu acesso a cuidados de saúde. Dia a dia tomam medidas que põem em causa as condições de vida da maioria, não para resolver qualquer problema nacional, ao contrário comprometem cada vez mais o futuro do País, apenas para beneficiar a acumulação dos lucros dos grupos económicos e financeiros.

Ao contrário de outros não pactuamos com esta situação e não aceitamos este rumo.

O Presidente da República tem uma exigência clara de intervenção, a minha candidatura é a única que assume a necessidade de uma ruptura e mudança para abrir caminho a um grande projecto político patriótico e de esquerda capaz de enfrentar a situação e responder às aspirações da população.

O Presidente da República tem poderes consagrados na Constituição e é no quadro desses poderes que proponho contribuir para mudar Portugal para melhor.

Pronuncio-me por um rumo que aposte numa estratégia nacional de desenvolvimento, que aposte na produção, no aparelho produtivo, no pleno emprego, no aumento dos salários e pensões, no apoio às PMEs, na defesa e afirmação dos serviços públicos, na soberania e independência nacionais, na diversificação das relações externas.

Pronuncio-me pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela defesa dos interesses dos jovens e dos mais idosos, pela defesa dos direitos das mulheres, pela defesa dos interesses e aspirações de todos os que são atingidos por esta política injusta.

Pronuncio-me pela afirmação da defesa do regime democrático e contra o desrespeito da Constituição e os projectos para a sua subversão.

Pronuncio-me inequivocamente pela afirmação do valor das autonomias regionais no quadro da unidade e soberania nacionais que é necessário preservar.

A autonomia político-administrativa das regiões autónomas, alcançada com a Revolução de Abril e consagrada na Constituição da República em 1976, constitui um elemento democrático essencial da organização do Estado, e corresponde a uma concepção descentralizada da organização do poder político indispensável para responder às especificidades regionais e potenciar a participação e envolvimento das suas populações.

Mas é também indispensável sublinhar que o desenvolvimento económico e o progresso social das regiões autónomas é inseparável das orientações e opções políticas dos Governo da República e dos governos regionais.

As dificuldades que a Região Autónoma da Madeira enfrenta, são consequência, não da insuficiência do modelo autonómico, mas sim de décadas de política de direita e de erradas opções quanto ao desenvolvimento regional que consolidam profundas fragilidades e dependências da base económica regional.

Esta é uma candidatura com um projecto diferente para Portugal que é um contributo indispensável para a mudança que o País precisa.

Cada apoio, cada voto na minha candidatura é um sinal que se acrescenta à corrente de energia, esperança e acção indispensável à solução dos problemas nacionais. Dirijo-me a todos os que são atingidos nas suas condições de vida, independentemente das opções eleitorais que tomaram no passado.

Assumo a disponibilidade de desempenhar todas as responsabilidades que o povo português entenda atribuir-me nesta eleição, com o compromisso claro de que na Presidência da república serei o presidente de todos os portugueses, mas não o presidente dos interesses de todos os portugueses.

Assumo os interesses dos trabalhadores, de todos os que são atingidos na sua dignidade e na sua vida, do povo português, os interesses nacionais e não os interesses da exploração, da corrupção, daqueles que dominam o País e o consideram uma quinta para os seus interesses e privilégios.

O futuro do País passa pela opção nestas eleições, mas esse futuro melhor para os trabalhadores e o povo português dependerá sempre da sua participação, organização e luta.

A candidatura que assumo, a campanha que estamos a desenvolver, é uma parte do movimento de luta contra a resignação e o conformismo, contra as injustiças e desigualdades, pela defesa dos interesses e direitos, essa acção decisiva para a transformação e avanço da vida e da sociedade.

Conto convosco, com a vossa participação, a vossa vontade, a vossa acção para abrir o caminho de esperança e progresso que Portugal precisa.

Vivam os trabalhadores e o povo da Madeira
Viva Portugal

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