Arruada e comício em Évora: Colocar o poder político ao serviço do povo
Quinta 20 de Janeiro de 2011Artigos Relacionados
Francisco Lopes iniciou na Praça do Giraldo, em Évora, uma acção de campanha que terminou com um comício de sala cheia no Teatro Garcia de Resende, demonstração da força de uma candidatura que, até ao dia 23, vai continuar a crescer afirmando-se como a única capaz de enfrentar Cavaco Silva na segunda volta, porque como nenhuma outra opôs-se à politica de desastre nacional, frisou o candidato.
Ao final da tarde, o candidato à Presidência da República apoiado pelo PCP, Verdes, Intervenção Democrática e muitos homens, mulheres e jovens sem partido, encontrou-se com uma centena de apoiantes na central praça eborense.
Dali partiu para um périplo de contactos directos, iniciativa de afirmação política que, não raras vezes, entupiu a baixa da cidade ao som da palavra de ordem «Francisco, avança, com toda a confiança».
Na frente da comitiva, enquanto o candidato apresentava o seu projecto à população e aos comerciantes, os mais jovens, com presença significativa, não largavam uma tarja na qual recordavam a defesa do Artigo 70 da Constituição, referente aos direitos da juventude.
O périplo terminou no Teatro Garcia de Resende que não demorou muito a encher, apresentando, à hora das intervenções, uma moldura humana superior a 700 pessoas.
Primeiro a intervir, o músico Samuel Quedas, mandatário regional da candidatura, agradeceu «a verticalidade, a força e a clareza de Francisco Lopes nesta campanha», considerando, ainda, que «este é o único candidato que se apresenta de consciência e mãos limpas» em relação ao actual estado do País, marcas distintivas face a outras candidaturas e razões suficientes para, no dia 23, lhe confiarmos o nosso voto.
Francisco Lopes, por seu lado, abriu o discurso a manifestar confiança de que, «no próximo domingo, vamos alcançar os nossos objectivos».
A confiança, disse, alicerça-se no facto «da nossa candidatura ser a mais participada», assumir-se como fonte «da dinâmica de mudança que Portugal precisa», e«suscitar a participação popular, distinguindo-se por ter um projecto» que conta, igualmente, na luta que continua depois do dia 23.
Acresce que «esta candidatura dirige-se a todos os patriotas e democratas», bem como «àqueles que entendem que devem dar um novo rumo a Portugal», e «aposta na valorização do trabalho e dos trabalhadores», mas, com ênfase, «coloca os problemas de todos os que são atingidos pelo rolo compressor desta política», disse Francisco Lopes.
«É a única», sublinhou também o candidato, «que trouxe ao debate o problema central do País», o facto de «um grupo reduzido de famílias, ligadas aos grandes grupos económicos e financeiros, ter aprisionado o poder político».
Afrontar esse poder colocando o poder político ao serviço dos interesses do povo e do País só está ao alcance da candidatura que propõe a mudança, que representa a alternativa, continuou Francisco Lopes, para quem nenhum dos outros candidatos, comprometidos que estão com a política de direita e com este Orçamento das injustiças, tem condições de «retomar os caminhos de Abril».
Francisco Lopes insistiu ainda que representa a única candidatura cujo «compromisso exclusivo é com o povo, os trabalhadores e o País», e, por isso, encontra-se como nenhuma outra em condições de enfrentar Cavaco Silva e o rumo de desastre nacional numa segunda volta das eleições.
«Eles só param se nós os pararmos», advertiu referindo-se às novas investidas antipopulares que se preparam em conluio com o FMI e a UE. E travar essa ofensiva, esse agravamento das condições de vida, vai exigir do povo e dos trabalhadores mais que o voto, frisou, mas é no próximo domingo que, pelo voto, se começa a dizer «sim a um futuro melhor para nós e para as gerações vindouras», concluiu Francisco Lopes.