Francisco Lopes em Coimbra: Jovens estudantes empurrados para o desemprego

No quinto dia de campanha para as Eleições Presidenciais, Francisco Lopes reservou a manhã para as questões do ensino superior e da juventude, com um encontro com a Reitoria da Universidade e da Associação Académica de Coimbra, onde manifestou a sua preocupação com o rumo que tem sido seguido no ensino, «contrário ao que está estabelecido na Constituição da República Portuguesa», que provoca o seu «definhamento», «estrangulamento» e «subfinanciamento».

«Toda esta situação acarreta inúmeros problemas, desde logo de aproveitamento de financiamentos, que estão disponíveis e que, não havendo a comparticipação nacional, são perdidos», afirmou, quinta-feira, o candidato, criticando o «brutal» custo do ensino, «com o peso que as propinas têm», e falta de apoios na acção social, designadamente nas bolsas de estudo, que se está a traduzir no «abandono de estudantes» e na «dificuldade de acesso e de frequência dos estudantes que têm menos possibilidades». «Isto é um factor que dificulta o acesso ao ensino superior, contrário ao que deve ser feito para garantir, a todos os que têm condições, o acesso ao ensino superior», acrescentou.
Francisco Lopes manifestou ainda preocupação com a «alternativa» que está hoje a ser colocada a todos os jovens, «com o modelo económico de afundamento do País e da abdicação da produção e da soberania nacional», que passa pela «precariedade, os baixos salários e a emigração, que atinge todos os jovens, particularmente aqueles que têm formação superior, quando o que é necessário é aproveitar as suas qualificações, para a sua realização pessoal e profissional e para o desenvolvimento do nosso País».

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